segunda-feira, 25 de abril de 2011

Correntes


O teu role de segredos
Seguros e mortos estão comigo
Como o forte knox num cadeado
No diário de bordo afundado

Já que estas ai fora, e vais ficar
Dá uma volta ao meu redor
Jamais o direi a ninguém

Chegou o momento da honestidade
Chega de inconstâncias merecidas, eu sei
Pergunto-me se por momentos há razão!

domingo, 24 de abril de 2011

Dogma


Fatigado de estar turbulento
Encolerizado por mendigar
Nesta turbamulta barulhenta
Em jeito de chuva copiosa

Veemente impetuosa
É assim que roda me fala
Enamora-me tagarelando
Como se de algo eu padecesse

Há em mim uma sofreguidão
Onde só a fome é solução
Para por fim, como uma cacotanásia

sábado, 23 de abril de 2011

Lingua


Não sou detentor do silêncio
Nem a mudez existe em mim
Queria ter o dom da palavra
Mas não junto letras

Tentei falar com as mãos
O que eu tentei, juro que tentei
Mas só tenho movimentos parkinsonianos

Aprendi braille e sons
Decorei dicionários
Inventei o que já não havia
Contudo nem assim cheguei

Um dia teremos o mesmo idioma
E ai talvez, nos entendamos

terça-feira, 5 de abril de 2011

Saltos


Nunca te vi a procura da tua alma
Como encontras a minha
Por isso não faças que não lembras
Não lembras onde me perdeste.


Tenho uma certa tendência
Para encontrar as falhas
Entre as tuas mentiras
Mas não procures agora, não eu.

Talvez seja da luz
Ou seja de mim
Quis dizer eu, não eu.

domingo, 3 de abril de 2011

Roteiro






Mais uma paragem
Nesta estação de incógnitas
E bipolaridades

Porque não controlo o comboio?
Este comboio de emoções!!

Sou mecânico de condescendência
E no entanto não arranjo
Esta emoção de incoerência


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vestuário

Efermeridade, Preço, Descartibilidade, Durabilidade, Necessidade.Tudo muito Cíclico

Em tempos somos bonitos, estamos na berra, somos desejados até nos tomarem por...demodê.
Todos dizem ter o seu valor, o que acho dúbio.
Com o passar do tempo, somos trocar por substitutos com mais ou menos upgrade.
Fomos feitos e criados, em função da imagem alheia para satisfazer necessidades.
Quando nos aleijamos, somos tratados. Remendamos tudo quanto nos é possível.Até o que não tem remédio.
Voltamos sempre ao mesmo, adaptamo-nos. Seremos assim tão diferentes de peças de vestuário?!