segunda-feira, 25 de julho de 2011

Zoo









Se eu acreditasse em mim, estaria bem
Mas não se aplica as ondas cá dentro
Só as multiplica em quase perdões

Chamo a isto tempos árduos
Os braços pesam neste mar de areias
Tenho medo da paciência inquietante

Podias ter tido de inicio que eras uma farsa
Que eu manteria esta mentira bem próxima
Afinal é o temos quando o mundo é verdadeiro

terça-feira, 19 de julho de 2011

Antes que


Alguém me sustente
Antes que me arruíne
Furtem-me esta caneta

Não te queres penalizar comigo
Enganas-te com pasmo p'las ruas
Repletas de objetos cônicos sonoros

Publica na minha álea
Sou compassivo às chagas
Não me queres amar




quinta-feira, 7 de julho de 2011

Sopro






Crescem as mil e uma noites pelas ruas
E eu fico com o sonho quimérico
Nesta minha estranha forma de vaticinar
Chega de escravidão incomensurável

Deleito-me a ouvir o fado
Somos tão adoráveis amor
Adormeço no embalo da guitarra
Nasce o sonho de cantar a madruga

Sente este vento gelado no peito
Consciente sinto uma blandícia no luar
Já é tarde, é sempre tarde de tarde
Dizem sempre que quase chegam aqui



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Brumas


Chama por mim a voz de um mudo
Haja em mim alguém que anseia
E eu, que não dei mais uma vez por nada
Sempre sem saber o fim de tudo

Cerra o frio sem eu dar nada
Cresce em mim culpa, não dei por nada
Dou-me ao mundo de mão cerrada
Fiquei num todo sem ter fim

Vou cair no olhar fundo que se apronta
É ai que o meu ser se esconde na madrugada
Chora-me guitarra, chora-me mundo
Que quero aqui ficar sempre sem dar por nada

domingo, 3 de julho de 2011

(certo + -eza)

Fiquei com a alma deserta
Induz em mim a dor
E morri de febres incertas

Pressas inúteis e crápitas
Onde morre um novo amor
Estas quadras, que dizem conhecer-me

Confesso ao espelho ustório
Que sou um caso arrumado




sábado, 2 de julho de 2011

As gentes


Em alturas há pó nas linhas
Aqui na palma da minha mão
Sinto parar o meu coração

Arrisco-me a beira do ponto do abismo
Onde está bem ingrime o meu coração
Preso nestes versos insolentes
Neste fim onde acabo só

Peço que me o feches sem receios
Guarda-me e cerra-me o coração
Quebra o sorriso triste da boca
Há somente loucura, que me toca no incerto