domingo, 15 de maio de 2011

Gulliver


Sem dom nesta voz que a minha mãe deu
Eu sei que nunca sou nem serei o que sonhas
Em sete mares aos quatro ventos, grito mais!

Eu estou onde há tormentas a batalhar
Porque no sonho nunca é menos sonhar
Dei um nó neste fio de pesca entre mim e Deus

Abri o pranto no peito onde há um fruto de mil anos
Há memorias que nunca vou partilhar, enterrei
Porque não encontro quem me espera nestas ondas

Parto numa viagem ao epicentro, e esqueço-me
Este coração nunca irá parar de bater até morrer