Sem dom nesta voz que a minha mãe deu
Eu sei que nunca sou nem serei o que sonhas
Em sete mares aos quatro ventos, grito mais!
Eu estou onde há tormentas a batalhar
Porque no sonho nunca é menos sonhar
Dei um nó neste fio de pesca entre mim e Deus
Abri o pranto no peito onde há um fruto de mil anos
Há memorias que nunca vou partilhar, enterrei
Porque não encontro quem me espera nestas ondas
Parto numa viagem ao epicentro, e esqueço-me
Este coração nunca irá parar de bater até morrer