domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sociedade Pré-Liquidada


Hoje sou amnésico.

Sou a famosa deixa do " Hoje esqueci-me de me lembrar de mim" se me é permitido a vulgaridade desta moldura nesta chapa fotográfica.

Apresento-me como proposta de venda. Proponho valores pecuniários, aos quilates da moralidade nesta reunião de pessoas unidas por uma solidariedade de interesses.

É-me suspeita esta vaidade exagerada, visto que pode nem ter solidez nem duração suficiente. Mas estas ditas moralidades não andarão com problemas de importância tendo em conta ao preço?

Temos mais clichés como: - Preço da chuva - ; - a qualquer preço - ; etc. Mas já me esquecia da célebre solidariedade social, abram se aos saldos e às liquidações totais humanas! O mundo acaba amanha certo? Ou é depois de amanha, flutuo sempre nestes conceitos de fim.

Erro meu de enexactidão, ou estarei a ser falso?! Adiante.

Como sou orfão nestas aventura de cavaleiros andantes percebo ainda menos, sobre esta composição de valores.

Digo que é indubitável de forma empirica, minha claro, que os afectos de facto podem ser traduzidos em numerário e não nos prendamos a questões semanticas sim?!

Andamos em constantes vendas publicas numa espécie de mercado negro. Será a oferta assim tão diminuta para valores a tão sacrificio?

Vagueio pela hasta publica e vejo cartazes numerosos, bem magnânimos e intensos com propostas do tipo laudémio.

Tudo instantâneo e de realização pratica que leva ao efeito.

Abaixo a desilução, a tristeza, a magoa, a dor, a nostalgia, o amor, amizade, a compaixão, a fé, a esperança, a paz, a nossa tão nossa saudade, etc etc etc.

Se tudo isto é comerciavel, e acredito que no fundo desta gaveta civilizacional o seja, esperançoso de erro nesta alegoria. Afinal de contas ( estou a prestar culto a esta piada ) faço parte desta reunião de interesses esta incoerência antagonica.

90'


Percorri e reparei que notei que tinha a prova.

Esta existência fisica e moral de substância sublime porventura composta por memorias voláteis que ainda talvez indeterminavelmente vagabundas.

Existe uma falta de clareza que deixa muito a supor,cuja sede não nos deixa supor esta disseminação. Percebo finalmente.

Encaixo o porque de dizerem que as melhores são gratuitas.

Aqui onde tudo é grande, semelhante a uma esfera armilar, alego justificativa de culpa e afim ao cabo foi me dado um pretexto inveterado como um som doce e melancólico.